Mestre Eckhart – Quem me está a ouvir 3
- Se tu te amas a ti próprio, tu amas todos os seres humanos como a ti próprio.
- Todo o tempo que tu amas um ser humano menos do que a ti próprio, tu nunca te amaste verdadeiramente a ti próprio - a menos que tu ames todos os seres humanos como a ti próprio, num ser humano todos os seres humanos, e esse ser humano é Deus e ser humano.
- Um ser humano deve ser tal que ele se ame a si próprio e que ame todos os seres humanos como a si próprio, e, assim, o seu comportamento é completamente justo.
- Ora, certas gentes dizem: Eu amo o meu amigo, que é bom para mim, mais do que um outro ser humano.
- Não está bem, é imperfeito, no entanto temos que esperar que isso aconteça, assim como algumas gentes vão para o mar, tendo apenas metade do vento, e ainda assim atravessam-no.
- É assim com as gentes que amam uma pessoa mais do que a outra, é natural.
- Se eu verdadeiramente a amasse, tanto quanto a mim próprio, aquilo que lhe acontecesse, alegria ou dor, morte ou vida, ser-me-ia igualmente sensível, quer me tivesse acontecido a mim ou a ele, e essa seria a verdadeira amizade.1
Notas
- Nova exigência de amar todos os seres humanos como a si próprio, e a nenhum mais do que a outro. Eckhart faz aqui uma concessão aos «imperfeitos» que amam o seu amigo mais do que um outro ser humano. [ ↑ ]
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