Mestre Eckhart
- Tratado da Nobreza
Escrito por Mestre Eckhart cerca de 1310. Talvez antes tenha sido considerado um sermão e proferido perante a rainha Inês da Hungria, filha do duque Alberto da Áustria. - Tratado do Desprendimento
Para Mestre Eckhart o desprendimento é a mais elevada das virtudes. - Sermão 1 - Jesus entrou no templo
O primeiro sermão de Eckhart, na grande edição, encerra alguns dos temas maiores do mestre. Não conhecemos a data em que este sermão foi proferido, assim como não conhecemos a data dos outros sermões, mas o seu conteúdo prova-nos que Mestre Eckhart está na plena possessão da sua doutrina. Pronunciado provavelmente na terça-feira depois do primeiro domingo da quaresma. - Sermão 2 - Jesus entrou num castelo
Este sermão é um dos mais característicos de Mestre Eckhart e um dos mais célebres. Pronunciado provavelmente n festa litúrgica da Assunção de Maria (15 de agosto) - Sermão 3 - Agora sei verdadeiramente
Neste sermão, Mestre Eckhart continua a abordar o conhecimento e a vontade que unem a alma a Deus. Provavelmente pronunciado na festa litúrgica de São Pedro ad Vincula, celebrando as correntes que aprisionaram o apóstolo (1 de agosto) - Sermão 4 - O melhor dom
O problema que aborda Mestre Eckhart neste sermão ultrapassa em muito as opiniões «livres», como por exemplo a propósito da prioridade do intelecto ou da vontade entre as potências da alma. Provavelmente pronunciado no quarto domingo da Páscoa. - Sermão 5a - Assim se manifestou o amor de Deus
Sermão onde Mestre Eckhart se questiona se quando o ser humano ama Deus, ele torna-se Deus? Este sermão, e o seguinte, foram provavelmente pronunciados no primeiro domingo depois da festa litúrgica da Santíssima Trindade. - Sermão 5b - O amor de Deus manifestou-se por nós
Este sermão comenta o mesmo texto da Escritura que o sermão precedente e apresenta aproximadamente a mesma estrutura. Este sermão pode ser um rearranjo do sermão anterior destinado a suprimir, ou pelo menos a atenuar, algumas das expressões assinaladas pelos críticos. - Sermão 6 - Os justos viverão eternamente
Sermão onde Mestre Eckhart afirma que prestam honra a Deus aqueles que estão totalmente desprendidos deles próprios e de todas as coisas, que não procuram nem santidade, nem recompensa, nem reino celeste. - Sermão 7 - Tem piedade do povo que está em ti
Neste sermão, centrado principalmente na misericórdia, Eckhart dá a esta palavra um sentido completamente diferente do seu sentido habitual. - Sermão 8 - Eles estão mortos
O objetivo de Mestre Eckhart neste sermão é demonstrar a preeminência do ser metafísico sobre a vida terrestre, e da unidade da vida, e do ser, dentro do ser divino. - Sermão 9 - Como uma estrela da manhã
O motivo condutor deste sermão é que Deus não é um «ser puro» (actus purus). Deus não é um ser, Deus está acima do ser. Provavelmente pronunciado na festa litúrgica de Santa Agostinho (28 de agosto). - Sermão 10 - Nos seus dias agradou a Deus [NOVO]
O Mestre declara que a proximidade entre Deus e a alma não conhece distinção. Este sermão foi proferido provavelmente em Colónia, oito dias depois do sermão 15 - Um Certo Nobre, no dia 31 de julho, dia da festa litúrgica de São Germano de Auxerre. - Sermão 11 - O tempo de Isabel ficou completo [NOVO]
Quando o desejo de Deus se realiza, e o seu Filho nasce na alma, a graça brota e flui para o «ser» da alma. Proferido provavelmente na festa litúrgica da Natividade de São João Batista (24 de junho). - Sermão 12 - Quem me está a ouvir [NOVO]
Este sermão contém alguns dos temas essenciais de Mestre Eckhart. Existem conexões certas entre este sermão e muitos outros, e eles foram pregados com um curto intervalo uns dos outros, provavelmente todos em Colónia. Este, foi no mosteiro beneditino dos Santos Macabeus. - Sermão 13 - Vi sobre o Monte Sião [NOVO]
Este sermão, pregado em Colónia, precedeu o sermão 11: O tempo de Isabel ficou completo (Impletum est tempus Elizabeth) e seguiu o sermão 22: Avé, cheia de graça (Ave, gratia plena). - Sermão 22 - Ave, cheia de graça
Este sermão foi pronunciado no mosteiro cisterciense Mariengarten, em Colónia. Expõe num resumo magistral vários temas essenciais de Eckhart. - Sermão 26 - Mulher, vem a hora
Neste sermão, Mestre Eckhart defende que quem quer adorar o Pai deve transportar-se para a eternidade com o seu desejo e a sua confiança. - Sermão 30 - Prega a palavra
Este sermão foi dito num 5 de Agosto, festa de S. Domingos, onde Mestre Eckhart se endereça mais particularmente a pregadores. - Sermão 32 - Iluminou os degraus da sua casa
O texto deste sermão é extraído do célebre elogio da mulher forte dos Provérbios, que a Igreja escolheu como epístola para a missa de S. Isabel da Hungria. - Sermão 33 - Os santos venceram os reinos pela fé
Neste curto sermão, Mestre Eckhart fala dos quatro reinos que se apresentam ao ser humano e ele diz como é que o ser humano deve vencê-los à imitação dos santos. - Sermão 34 - Rejubilem no Senhor todo o tempo
No antigo missal dominicano, este texto da Epístola aos Filipenses estava previsto para o introito do terceiro domingo e a epístola do quarto domingo do Advento. - Sermão 35 - Se ressuscitarem com Cristo
Este texto de São Paulo é tirado da epístola para a véspera da Páscoa. - Sermão 36a - Jesus apareceu entre os seus discípulos
- Sermão 36b - Era na noite do dia
Os sermões 36a e 36b, são sermões paralelos mas com textos diferentes, ambos retirados de João 20, 19, início do evangelho para a oitava da Páscoa. - Sermão 37 - O meu homem, teu servo, está morto
O texto do sermão 37 é tirado da lição da terça-feira depois do terceiro domingo da quaresma. - Sermão 38 - Nesse tempo, o anjo Gabriel foi enviado
No antigo missal dominicano, esta passagem do evangelho de São Lucas era lida na missa da quarta-feira depois do terceiro domingo do Advento e, evidentemente, no dia da Anunciação (25 Março). - Sermão 39 - O justo vive na eternidade
O texto deste sermão era lido na epístola do Comum de vários mártires, mais especialmente na festa de certos santos da Ordem Dominicana. - Sermão 40 - Permaneçam em mim!
Os dois textos escolhidos para este sermão só se encontram aproximados no evangelho e na epístola do antigo missal dominicano para a festa de São Vital, mártir, no dia 28 de Abril. O sermão foi portanto pronunciado nesse dia. - Sermão 41 - Deus ama aqueles que perseguem a justiça
Os dois textos escolhidos para este longo sermão são retirados um da epístola, o outro do evangelho para a festa de São Cosme e Damião, mártires, inscritos no antigo missal dominicano na data de 27 de Setembro. - Sermão 42 - Jovem, digo-te: Levanta-te!
O texto escolhido para este sermão foi retirado do evangelho de São Lucas 7, 12. - Sermão 43 - Jovem, digo-te: Levanta-te!
Este sermão é o terceiro que tem por texto o versículo de Lucas 7, 12. O missal romano, como o antigo missal dominicano, inseria-o várias vezes no ano litúrgico. Eckhart tinha várias ocasiões para regressar a ele. - Sermão 44 - Quando se completaram os dias
Mestre Eckhart tirou o texto deste sermão do evangelho de Lucas, para a Purificação de Maria (2 de Fevereiro). - Sermão 45 - Simão Pedro, feliz és tu
Segundo toda a verosimilhança, este sermão foi pronunciado numa das festas de São Pedro: Cadeira de São Pedro (22 de Fevereiro), Santos Pedro e Paulo (29 de Junho), São Pedro Acorrentado (1 de Agosto). - Sermão 46 - Esta é a vida eterna
Este sermão, aliás curto, está todo ele animado por um único pensamento, desenvolvido segundo uma rigorosa lógica: a identificação ao Filho. - Sermão 47 - O Espírito do Senhor encheu o globo da terra
Um mestre diz que todas as criaturas trazem em si uma marca da natureza divina da qual elas emanam, por forma que elas possam operar segundo a natureza divina de onde elas fluíram. - Sermão 48 - Todas as coisas semelhantes amam-se reciprocamente
É bastante raro que um sermão de Mestre Eckhart não seja introduzido por um texto da Escritura. O mestre ao qual Eckhart faz alusão é sem dúvida São Tomás. - Sermão 49 - Feliz o ventre que te trouxe
O texto comentado neste sermão está inscrito no antigo missal dominicano para todas as festas da Virgem entre o Natal e a Purificação. - Sermão 50 - Antigamente vocês eram trevas
Este sermão só está contido num único manuscrito. Ele é por vezes defeituoso, apresenta mesmo talvez algumas lacunas. Josef Quint fez dele uma cópia diplomática, restabelecendo uma pontuação que o torna legível. - Sermão 51 - Tu deves honrar pai e mãe
As citações deste sermão encontram-se na epístola e no evangelho da quarta-feira depois do terceiro domingo da Quaresma. - Sermão 52 - Felizes são os pobres em espírito (Sermão da Pobreza)
Escrito por Mestre Eckhart possivelmente em Colónia em 1327 para a Festa de Todos os Santos. - Sermão 53 - O Senhor estendeu a sua mão
O texto deste sermão é retirado à epístola para a vigília de São João Batista (23 de junho). - Sermão 54a - Nosso Senhor levantou os olhos
Mestre Eckhart procura dar o significado mais profundo às diferentes partes do texto que escolheu, extraído do evangelho para a vigília da Ascensão. - Sermão 54b - Esta é a vida eterna
Este sermão está em relação estreita com o precedente. - Sermão 55 - Maria Madalena foi ao túmulo
Este texto é retirado do evangelho da Sexta Feira Santa. Noutros locais também, Eckhart comentou estas diferentes passagens de João e de Marco sobre o mesmo assunto, nomeadamente no seu Comentário sobre São João. Como aqui, ele utilizou uma homilia do Pseudo-Orígenes e uma outra de São Gregório sobre o mesmo assunto. - Sermão 56 - Maria estava em pé junto ao túmulo e chorava
Reencontramos neste fragmento alguns dos temas encontrados no sermão precedente, em relação direta com o texto do Pseudo-Orígenes. - Sermão 57 - Vi a Cidade Santa, uma Nova Jerusalém
O texto deste sermão é lido na epístola da festa da Dedicação. - Sermão 58 - Aquele que me serve
O texto deste sermão encontra-se no antigo missal dominicano para o Comum de um mártir. - Sermão 59 - Daniel o profeta diz: nós te seguimos
Este texto encontra-se na missa da sexta-feira depois do domingo da Paixão.
Anexos
- Incriado e Incriável
Mestre Eckhart de modo algum ensina uma identidade pura e simples entre o intelecto humano e Deus, mas faz entender o imperativo duma identidade de realização.
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