Mestre Eckhart – Nos seus dias agradou a Deus 2
- Ora, um mestre pergunta se a luz divina flui nas potências da alma tão puramente quanto está no ser (da alma), visto que esta tem o seu ser diretamente de Deus, enquanto que as potências fluem diretamente do ser da alma.
- A luz divina é demasiado nobre para ter uma comunidade com as potências, porque com tudo o que toca e com tudo o que é tocado, Deus é distante e estrangeiro.
- E é porque as potências são tocadas, e tocam, que elas perdem a sua virgindade.
- A luz divina não pode brilhar nelas; no entanto, por meio do exercício e do desprendimento, elas podem tornar-se receptivas.
- A propósito disso, um outro mestre diz que uma luz é dada às potências, semelhantes à luz interior.
- Ela parece-se com a luz interior, mas não é a luz interior.
- Ora, por esta luz, uma impressão chega às potências que as torna receptivas à luz interior.
- Um outro mestre diz que todas as potências da alma, que operam no corpo, morrem com o corpo, exceto o conhecimento e a vontade: só elas permanecem na alma.
- Se as potências que operam na alma morrem, elas permanecem no entanto na sua raiz.
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