Nuvem de Desconhecimento – Capítulo 72



Que um operário nesta obra não deve nem julgar nem pensar do trabalho dum outro nesta obra, segundo o seu próprio sentimento interior.
  1. Vê! Com isto tu podes compreender que aquele a quem é dado de não ver e sentir a perfeição desta obra senão por um longo trabalho, e ainda (por cima) raramente, esse pode facilmente cair no erro se ele fala, pensa e julga os outros segundo aquilo que ele conhece por si próprio, decidindo que outro não consegue lá chegar senão raramente e não sem um grande trabalho. E igualmente estará no erro aquele que a pode ter quando ele a quer, se ele julga os outros segundo si próprio, dizendo que os outros a podem ter quando eles querem. Não! deixa isso: seguramente não é assim que se deve proceder. Porque talvez bem, quando e se agrada a Deus, aqueles que não a conseguem atingir imediatamente e que só a têm raramente, depois de um longo trabalho, esses mais tarde lá chegarão quando eles quiserem, e tão frequentemente quanto lhes agradar. E o exemplo disto, nós o temos em Moisés, o qual inicialmente só a teve raramente e não sem grande trabalho, esse dom de ver como era a Arca, sobre a montanha, para depois a ver no Véu tão frequentemente quanto lhe agradava.


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