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A mostrar mensagens de abril, 2012

Leis do ser humano interior e do ser humano exterior

Os mandamentos, as palavras e o ensinamento de Deus, dizem respeito ao ser humano interior e à sua união com Deus. Quando esta união se produz, o ser humano exterior é tão bem guiado e ensinado pelo ser humano interior que ele não tem mais necessidade de nenhum mandamento ou ensinamento exteriores. Inversamente, os mandamentos e as leis dos seres humanos dizem respeito ao ser humano exterior. Eles são necessários quando não se conhece nada de melhor. Sem eles, não se saberia o que se deve fazer ou não fazer, e ser-se-ia como os cães ou como o gado. [ Anterior ] [ Índice ] [ Seguinte ] Início » Espiritualidade » Vida Perfeita » As duas luzes » Leis do ser humano interior e do ser humano exterior

Livro da Vida Perfeita – Quatro tipos de seres humanos

« Deus está para além de toda a regra, de toda a medida e de toda a ordem. » « É Ele que dá a todas as coisas regra, ordem, medida e sabedoria. » Diz-se, e é a verdade. É preciso compreendê-lo assim: Deus quer que tudo isso seja – ordem, medida, etc. –, mas não o pode ter Ele próprio, sem criatura. Porque, em Deus, sem criatura, não há nem ordem nem desordem, nem regra nem desregramento, etc. Deus quer que tudo isso seja para que essas coisas existam e se produzam. Lá onde existem palavras, ações e relações, elas devem necessariamente produzir-se quer na ordem, na regra, na medida e na sabedoria, quer na desordem. Ora a ordem e a sabedoria são melhores e mais nobres que o contrário. Deve-se observar no entanto que os seres humanos que se ocupam da ordem, das leis e das regras são de quatro tipos: – Alguns não o fazem nem por Deus, nem por isto ou por aquilo, mas apenas por constrangimento: eles fazem-no o menos possível, e ainda assim é-lhes penoso e difícil. – Outros

Livro da Vida Perfeita – Não esperar recompensas

« Se o ser humano não consegue obter nada de útil ao seguir a vida de Cristo, o que é que o retêm de a descartar? » Responde-se aqui à questão que foi colocada mais acima (ver A natureza e a graça ). Não se segue a vida de Cristo para atingir um fim, nem para obter qualquer coisa de útil, mas por amor à nobreza, e porque ela é amada e apreciada por Deus. Aquele que diz ou pensa que não precisa mais dela ou que pode abandoná-la, nunca a saboreou nem a conheceu. Porque, quando ela foi verdadeiramente encontrada e saboreada, não se pode mais abandoná-la. Aquele que segue a vida de Cristo para atingir ou merecer uma recompensa, age como um mercenário e não por amor. Ele não a seguiu mesmo de todo: porque aquele que não a segue por amor, não a pode seguir. Ele pode imaginar que a segue, mas ele engana-se. Cristo viveu a sua vida por amor, e não para uma recompensa. O amor torna a vida leve e sem preocupações. Ele faz amá-la e suportá-la voluntariamente. Mas aquele que não a