Nuvem de Desconhecimento – Capítulos 40 a 49
- Que no tempo desta obra, a alma não dá nenhuma atenção nem consideração particular a nenhum vício em si própria e nenhuma virtude em si própria
- Que em todas as obras debaixo desta, é preciso que os seres humanos guardem discrição; mas nesta, nenhuma
- Que ao não meterem nenhuma discrição nesta, os seres humanos terão discrição em todas as outras coisas; e da outra forma nunca
- Que é preciso absolutamente que o ser humano perca toda a ideia e todo o sentimento do seu próprio ser, se a perfeição desta obra deve realmente ser tocada pela alma nesta vida
- Como uma alma se disporá pela sua parte, afim de destruir todo o conhecimento e sentimento do seu próprio ser
- Um bom esclarecimento de algumas e certas ilusões e erros que podem acontecer nesta obra
- Um bom ensinamento sobre como o ser humano deve fugir dessas ilusões, e como ele deve trabalhar mais por uma inclinação do espírito do que pela violência e a rudeza feitas ao corpo
- Um ligeiro ensinamento desta obra sobre a pureza do coração, declarando como é que uma alma elevará o seu desejo a Deus duma maneira, e vós, pelo contrário, duma outra maneira aos seres humanos
- Como Deus quer ser servido quer pelo corpo quer pela alma, e como Ele recompensa os seres humanos num e no outro; e como é preciso, para os seres humanos, conhecerem quando são boas, e quando são más, todas essas harmonias e outras suavidades que caem no corpo no momento da oração
- A essência e substância de toda a perfeição não é nada mais que uma boa vontade; e como todas essas delícias e harmonias e outras consolações que se podem ter nesta vida, não são nada mais que meros acidentes
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