Livro da Vida Perfeita – O nascimento de Cristo em nós


  1. Quem conhece e compreende a vida de Cristo conhece e compreende também Cristo. Inversamente: quem não conhece a sua vida também não o conhece.
  2. Aquele que acredita em Cristo acredita que a sua vida é a mais nobre e a melhor. Se não acredita nisto, é porque não acredita em Cristo.
  3. Quanto mais há, no ser humano, da vida de Cristo, mais Cristo está nele. Quanto menos há nele da sua vida, menos Cristo está nele.
  4. Onde está a vida de Cristo, lá está Cristo. Onde não está a sua vida, lá também não está Cristo.
  5. Onde está a vida de Cristo, pode-se dizer o que disse São Paulo: «Eu vivo mas não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.» (Ga 2, 20).
  6. Esta é a vida mais nobre e a melhor: onde está esta vida, lá vive e reside Deus Ele próprio e todo o bem. Como poderia haver uma vida melhor?
  7. Observa-se isto: quando se fala de «obediência», dum «ser humano novo», da «verdadeira luz», do «amor verdadeiro» e da «vida de Cristo», trata-se de uma única e mesma coisa.
  8. Onde está um deles, eles estão todos. Onde falta um deles, eles faltam todos. Porque eles são todos uma única e mesma coisa na verdade e na essência.
  9. Para que num ser humano esta coisa nasça e viva, é preciso não nos prendermos senão a ela e a mais nada. Tudo o que lhe faz obstáculo, é preciso que o abandonemos e fujamos.
  10. Aquele que a recebe no Santíssimo Sacramento, é verdadeiramente Cristo que recebe na verdade. Quanto mais a recebemos, mais recebemos Cristo. E quanto menos a recebemos, menos temos Cristo.

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