Livro da Vida Perfeita - Amargura da Vida de Cristo


  1. Para aceder à verdadeira vida de Cristo, toda a natureza deve ser abandonada e deixada.
  2. O eu, o amor próprio: toda a natureza deve morrer.
  3. A vida de Cristo era para ele a mais amarga, a natureza tem horror dela. A natureza considera-a como cruel e injusta. A natureza considera-a como uma loucura.
  4. A natureza pretende uma vida agradável e confortável, e proclama - e, na sua cegueira, acredita verdadeiramente - que é a melhor de todas as vidas.
  5. E certamente, sim, não há vida mais agradável e mais confortável à natureza que essa, sem preocupações nem constrangimentos! É por isso que a natureza se prende a ela: aí ela desfruta dela própria e do seu eu, aí ela encontra as suas facilidades, e tudo o que lhe convém.
  6. É frequentemente o que acontece a pessoas de grande inteligência.
  7. A inteligência deles eleva-se tão alto na sua própria luz que ela acaba por se considerar a si própria como sendo a verdadeira luz, a luz eterna.
  8. Ela faz-se passar por tal e, no seu erro, engana igualmente aqueles que se inclinam para ela, e que não conhecem nada de melhor.

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