Livro da Vida Perfeita - Responsabilidade do ser humano


  1. «Certos seres humanos, diz-se, crêem-se e dizem-se tão completamente mortos e desprendidos deles próprios que eles poderiam viver assim na impassibilidade e não serem tocados por nada - como se não existisse nenhuma criatura ou como se todas as pessoas também vivessem na obediência.
  2. Assim, eles levam uma vida agradável, com o coração leve, e acomodam-se a todas as coisas, quaisquer que elas sejam.»
  3. Não, verdadeiramente: não!
  4. Não é assim, mas tal como foi escrito precedentemente.
  5. Só seria assim se todos os seres humanos estivessem na obediência: não é o caso!
  6. «Mas, também se podia dizer, o ser humano deve estar livre de todas as coisas, ele não se deve apropriar de nada: nem do bem, nem do mal...»
  7. Quanto ao bem, sim, ninguém o deve atribuir a si. Porque ele pertence a Deus, à bondade de Deus.
  8. Aquele que está disposto e preparado para se tornar na casa e na residência da Divindade - quer dizer, do Bem eterno - por forma a que ela exerça nele sem obstáculo o seu poder, a sua vontade e a sua ação, esse receberá graça, recompensa e felicidade eternas.
  9. Quanto ao mal, o ser humano pode sempre tentar desculpar-se dizendo que não o tem de atribuir a si, e que a responsabilidade pertence apenas ao diabo e à sua malignidade...
  10. Mas aquele que está disposto a que o diabo - quer dizer, a falsidade, a mentira, a dissimulação e outras malignidades - exerça nele a sua vontade e o seu poder, a sua ação e a sua palavra; aquele que está pronto a tornar-se na sua casa e na sua residência, vergonha para ele, desgraça, infelicidade e condenação para a eternidade!

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