Imitação de Cristo - 1.15. Das obras de caridade
- Por nenhuma coisa do mundo, nem por amor de nenhuma pessoa, se deve praticar o mal; mas para ajudar um necessitado, algumas vez pode-se omitir uma obra boa, ou substitui-la por outra melhor.
- Desta maneira, não se perde a obra boa, mas converte-se noutra melhor.
- A obra exterior, sem a caridade, não vale de nada; mas tudo o que é feito pela caridade, mesmo pequeno ou insignificante que seja, produz frutos abundantes.
- Porque Deus olha menos para a obra, do que para a intenção com que a fazemos.
- Faz muito, quem ama muito.
- Faz muito, quem faz bem o que faz, e faz bem quando subordina a sua vontade ao bem comum.
- Aquilo que se toma por caridade, muitas vezes não é mais que amor próprio; porque é raro que a inclinação natural, a vontade própria, a esperança da recompensa ou o cálculo de qualquer vantagem particular não influenciem nas nossas ações.
- Aquele que tem a caridade verdadeira e perfeita, não se procura a si em nada; mas o seu único desejo é que tudo se faça para a glória de Deus.
- Ele não tem inveja de ninguém, porque não procura nenhum favor pessoal; não procura a sua felicidade em si próprio, mas procura sobre todas as coisas a sua felicidade em Deus.
- Ele não atribui nenhum bem à criatura, mas unicamente a Deus, do qual todas as coisas provêm como de uma fonte, e no desfrutar do qual todos os santos se repousam para sempre como fim último.
- Oh! Quem tivesse apenas uma centelha da verdadeira caridade, logo todas as coisas terrenas lhe pareceriam vãs!
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